
A prevenção será o campo no qual as tecnologias serão desenvolvidas
Durante o mês de outubro, o mês de conscientização sobre o câncer de mama é comemorado em todo o mundo, sendo o dia 19 de outubro o dia proposto pela Organização Mundial de Saúde como o Dia Mundial de Luta contra o Câncer de Mama.
Na everis, estamos empenhados em melhorar a qualidade de vida das pessoas que usam nossa tecnologia e é por isso que criamos os nossos produtos ehCOS. Conversamos com o dr. Gustavo Torres de la Cuba sobre como a tecnologia permite grandes avanços na prevenção de doenças, a detecção do câncer de mama através da Tomossíntese e sua experiência após cinco anos trabalhando como consultora especializada na área de Saúde da everis México.
Como você considera que a tecnologia conseguiu inovar para melhorar a qualidade de vida e que tecnologias você acha que surgirão no futuro?
Acredito que a qualidade de vida anda de mãos dadas com a tecnologia e os vários diferentes avanços em todas as áreas. Como médicos, muitas vezes somos chamados de “curandeiros”, e vamos resolver algo quando já está presente, mas todas as tendências são mais para a prevenção do que para a cura. Saber quando algo vai acontecer antes de acontecer nos dá uma grande vantagem sobre diferentes doenças. E é graças a isso que hoje a expectativa de vida ultrapassa 75 anos em todo o mundo, quando há apenas 300 anos atrás era em torno de 50. A prevenção é, e será o campo no qual serão desenvolvidas tecnologias que nos permitirão continuar mantendo uma alta qualidade de vida em idades avançadas.
Queremos conhecer um pouco mais sobre essa tendência tecnológica para a detecção do câncer de mama: a “Tomossíntese”.
A tomossíntese mamária digital é uma tecnologia de diagnóstico por imagem que permite uma maior definição, caracterização e localização das lesões mamárias, eliminando a superposição de estruturas, cujo potencial em termos de redução da taxa de dúvidas diagnósticas é amplamente reconhecido em inúmeras publicações e estudos. É um ótimo complemento para a mamografia clássica em termos de impacto no paciente, custo-benefício e capacidade de diagnóstico.
Quais são alguns usos comuns desse procedimento?
Hoje, existem várias indicações da Tomossíntese. Por um lado, a resolução de dúvidas geradas nas imagens 2D, permitindo obter mais informações sobre imagens duvidosas do que as previstas em projeções adicionais de compressão focalizada. Vários estudos demonstraram que a tomossíntese pode substituir compressões focalizadas (mamografia), com resultados semelhantes ou ainda superiores.
Além disso, ela permite a caracterização de microcalcificações, detalhando essas descobertas de uma maneira muito melhor. Por outro lado, permite uma melhora na sensibilidade em estudos normais, geralmente no contexto das mamas densas. Assim, constatou-se que a taxa de detecção de câncer aumenta em 27% quando a imagem 2D é obtida junto com a tomossíntese.
Que tipo de tecnologia está presente nesta análise?
Inspirado na tomografia de Alessandro Vallebona, consiste na realização de uma sequência de projeções mastográficas obtidas dentro de um intervalo angular limitado, com posterior reconstrução dos dados adquiridos em uma pilha de cortes finos de alta resolução.
Os requisitos básicos são representados por um órgão de dose aceitável e qualidade de reconstrução em um tempo de varredura rápido o suficiente para evitar artefatos de movimento e dependem de vários fatores de construção tecnológica, entre eles, o movimento do tubo, o ângulo da varredura, a tipologia do detector, o tamanho do pixel, a espessura do corte reconstruído, o número de projeções, o passo angular entre as projeções e o algoritmo de reconstrução.
As características comuns a todos os sistemas de tomossíntese são a modalidade de ação na projeção cefalocaudal e no meio oblíquo lateral, o tempo de aquisição de (10 a 20 segundos) e a reconstrução (de 40 a 180 segundos), a espessura do corte (1mm), a modalidade de visualização (single slice, slab ou cine loop), a possibilidade de fazer projeções padrão e seleção de MAMO/TOMO com compressão no ato.
Como você acha que esta tecnologia irá melhorar ao longo dos anos?
Já se passaram quase oito anos desde que a primeira tecnologia de mamografia digital de tomo-síntese do mundo foi introduzida no mercado para lidar com as limitações da imagem 2D convencional. Atualmente, nos Estados Unidos, metade das instalações certificadas possuem tomossíntese, segundo a FDA (Food and Drug Administration), que torna a tomossíntese o padrão de excelência no exame das mamas.
Até o momento, essa tecnologia mostrou que ela desempenha um papel importante na detecção do câncer de mama e continuará a fazê-lo nos próximos anos. Melhorando os tempos de aquisição e reconstrução da imagem, melhor resolução e nitidez, bem como melhorias na aquisição do exame tornando o estudo menos doloroso para as pacientes.