
Ousar, redefinir e transformar
Uma visão para a Indústria 4.0
Desde a sua origem, a indústria, independentemente do período em que está inserida, esteve envolvida em grandes mudanças em nossas vidas, traçando um caminho de constante evolução, o que possibilitou experimentar, testar e executar novos mecanismos que consolidaram sua presença globalmente. A mecanização, a produção em massa e a automação foram os protagonistas das três primeiras Revoluções Industriais, demonstrando que uma redefinição nos paradigmas existentes será sempre bem-vinda, a fim de transcender para um futuro mais otimizado.
Com a chegada das tecnologias emergentes, capazes de compartilhar e gerar um fluxo de informação remoto entre os indivíduos e os recursos automatizados existentes, a Quarta Revolução Industrial fez sua primeira aparição formal em 2016, durante a edição anual do Fórum Econômico Mundial. No entanto, o que foi que nos permitiu posicionarmos neste momento?
A ideia da propagação da “Indústria 4.0” é apoiada pela geração de uma “Fábrica Inteligente”, caracterizada pela interligação de máquinas e sistemas no próprio local de produção, bem como pela troca de informações com o mundo exterior (fluxos econômicos, níveis de concorrência no mercado e novos perfis de consumidores, que geram decisões e hábitos de compra sob um esquema global de fornecimento). No entanto, o valor disruptivo desta nova era não recai somente sobre os elementos tecnológicos que compõem esta nova definição de fábrica, mas sim contempla um novo nível de organização e controle na rede de desenvolvimento de produtos, cadeia de suprimentos, produção, entrega e serviço, com o objetivo de gerar experiências individualizadas, catalisadas por seu foco no consumidor; pela criação de um acompanhamento adequado; assim como pela análise do contexto que os envolve, tanto a empresa como o cliente, deixando de lado a “extração de valor (empresa a cliente)”, para apostar numa abordagem baseada em “troca recíproca”.
Uma vez entendida a essência desta Revolução, devemos passar a compreender, de uma maneira geral, uma visão holística que, na everis, segmentamos através de quatro eixos orientadores:
Paradigmas. Um conjunto de recursos, tangíveis ou intangíveis, que permitem à empresa experimentar e redefinir a forma como os seus processos ou métodos existentes são executados. Da mesma forma, essas ferramentas nos dão a oportunidade de explorar novas, e ainda melhores, alternativas para a operação. Alguns exemplos são Big Data, Cibersegurança, Nuvem, Internet das Coisas, entre outros.
Áreas de aplicação. Uma vez identificados os recursos ideais para a operação, a empresa deve refletir sobre onde eles devem ser aplicados. Lembrando que não se trata apenas de adquirir e implementar por si só, mas sim de avaliar, a partir do objetivo, quais áreas estão aptas a empreender uma redefinição de seus processos.

Os novos paradigmas tecnológicos e suas aplicações nas áreas identificadas pelo cliente nos levam a uma série de benefícios, tanto qualitativos como quantitativos, com um impacto financeiro claramente definido (caso de negócio).
Benefícios qualitativos. Resultantes da forma como enfrentamos, desde as nossas renovações aplicadas através de paradigmas, e das nossas áreas de aplicação, até aos desafios que emergem da esfera corporativa.
· Agilidade
· Antecipação
· Autonomia
· Integração
· Precisão
· Simplificação
Impactos Financeiros. Percebidos no contexto do plano financeiro da empresa, através de aumentos nos lucros, reduções de custos e fluxo de caixa existente.

A Indústria 4.0 com o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação promove a integração de máquinas, instalações, fábricas e redes da Revolução Industrial, no entanto, não se trata apenas de digitalizar o que já existe, mas sim de inovar e ser capaz de implementar a criação de novos serviços e/ou produtos, aumentando o interesse do cliente, ao mesmo tempo que experimenta novas ideias, capazes de aumentar a presença da área de pesquisa e desenvolvimento. Nesta nova era, somos responsáveis por reagir e satisfazer as necessidades que estes benefícios demandam, ao mesmo tempo em que tentamos entender claramente a essência da mudança para que, dentro do nosso escopo, sejam desenvolvidas estratégias cada vez mais sólidas.
